Fotos: Arquivo Pessoal
Aos 87 anos, Maria Augusta Rigão Gonçalves viva no distrito de Boca do Monte, em Santa Maria. Mãe de Maria de Lourdes, José Manoel, Ana Luiza e dos gêmeos João e Antonio (falecido), ela era casada com Mario Flores Gonçalves (também já). Os dois se conheceram no distrito e, de lá, não saíram mais. Quando jovem, ela ajudava o marido na lida do campo e na propriedade rural da família. Mas, após o nascimento do segundo filho, Maria passou a se dedicar exclusivamente aos cuidados com as crianças.
Descrita pela família como uma pessoa calma, Maria gostava de passear, ver as amigas e conversar com os vizinhos. Os filhos e 12 netos gostavam de acompanhá-las a festas e encontros dançantes, na localidade de Estância Velha. A idosa também tinha dois bisnetos, que eram os xodós dela.
Maria ajudou a fundar o Clube de mães da Colônia Pedro Stok, há mais de 15 anos, onde, junto com amigas e vizinhas, promovia reuniões, rodas de chimarrão e encontros da comunidade. De manhã cedo, o rádio era o companheiro dela, junto de um mate amargo. A dona de casa não dispensava estar bem informada todos os dias com notícias de Santa Maria e região.
- A mãe nos deu todo o incentivo para seguirmos nossas vidas quando saíssemos da casa dela. Dona Maria não mediu esforços para nos criar e ajudava quem quer que precisasse. Ela prezava muito pela união familiar e, aos finais de semana, fazia questão de que todos nós fôssemos almoçar com ela - recorda o filho José Manoel, 65 anos.
Outra lembrança que ficará na memória da família são os finais de ano que passavam junto a Maria. A celebração na casa da idosa já havia se tornado uma tradição da família.
- A vó tinha uma incrível sabedoria e uma gentileza que encantava a todos. Muito simples, ela transmitia alegria por onde passava. No Ano Novo, a casa dela era recheada de filhos, netos e bisnetos. Para ela, era uma forma de começar bem o ano, e nossa família vai continuar se reunindo nessa data. Sentiremos saudades da vó Augusta - emociona-se o neto Rodrigo Gonçalves.
Outra grande paixão de Maria era cozinhar. De pães a conservas de cebola e pepino, passando por doces e farinha de mandioca, ela fazia de tudo para a família. A dona de casa também gostava de cuidar da horta, onde plantava temperos e legumes para as refeições.
A idosa também ensinou o catolicismo aos filhos, legado que eles transferiram aos netos e aos bisnetos. Uma vez por mês, ela ia à missa e aproveitava para rezar por toda a família.
Maria ficou internada no Hospital da Cauzzo, em Santa Maria, e morreu em 17 de agosto, de causas naturais. A idosa foi sepultada no dia seguinte, no Cemitério de Picada dos Bastos, no distrito de Boca do Monte, em Santa Maria.
OUTROS FALECIMENTOS EM SANTA E REGIÃO
Funerária Cauzzo
13/08
Maria Eloa Charão Zobaran, aos 85 anos, foi sepultada no Cemitério Santa Rita, em Santa Maria
15/08
Ubirajara Brasil Paz, aos 68 anos, foi sepultado no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria
Sandra Marta Millani, aos 50 anos, foi sepultada no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria
Rosangela Margarete Menezes Pumes, aos 53 anos, foi sepultada no Cemitério do Barro Vermelho, em Restinga Sêca
17/08
Ozelinda Trindade de Vargas (Tereza), aos 81 anos, foi sepultada no Cemitério Municipal, em São Martinho da Serra
Maria Medianeira Oliveira da Silva, aos 59 anos, foi sepultada no Cemitério Ecumênico Municipal, em Santa Maria
20/08
José Eli dos Santos, aos 74 anos, foi sepultado no Cemitério Municipal, em Restinga Sêca
As informações sobre falecimentos podem ser enviadas para natalia.zuliani@diariosm.com.br ou pelo telefone (55) 3213-7122